Por Mariah Silvestre
Era uma vez uma guria , que acreditava que podia fazer do mundo um lugar melhor para se viver. Ela teimava em enxergar nos outros beleza, mesmo que ninguém mais a enxergasse. Era uma vez uma guria, que acreditava que admirar alguém não implicava invejar esse alguém, uma guria que achava que todo mundo tinha mais é que ser feliz, porque a vida é curta e gastar qualquer minutinho que fosse desejando algo que não fosse o bem, era mais que perder esse minuto, era burrice.
Aí essa guria cresceu, aprendeu, conheceu e percebeu que nem todo mundo enxergava o mundo como ela. Ela percebeu que nem todo mundo lida bem com essa coisa de admirar alguém e essa admiração, às vezes, se transformava em ódio. Ela também percebeu que nem todo mundo consegue enxergar beleza nos outros, porque nem todo mundo se acha bonito, logo, não tem parâmetro pra saber o que é bonito. Ela percebeu que, apesar do fato de que ser feliz é mais fácil, há muita gente que se acomodou na tristeza, gente que não aprendeu que ser feliz é uma opção e mais, percebeu que a felicidade incomoda quem não é feliz.
Quando ela notou tudo isso, ela entendeu porque tanta gente tenta melhorar o mundo e não consegue. Ficou óbvio que para melhorar o mundo, não adianta ter só boa vontade, é preciso ser forte para entender que a briga não é com o mundo e sim com as pessoas que o compõem. E pior, ela percebeu que essas pessoas que precisam ser vencidas são as mesmas que serão beneficiadas com a melhora do mundo. Aí, ela começou a entender de fato o mundo.
Demorou, basicamente, um ano para ela entender que as pessoas, essas que não conhecem o estado feliz de si mesmas, são as mais amargas, aquelas que machucam mais fundo, porque ou não se acham bonitas, ou não lidam bem com a admiração, ou se acostumaram com o veneno que elas próprias produzem e não conseguem fazer nada além de críticas pessoais e nada construtivas. Essa guria notou que o terreno no qual ela pisava era traiçoeiro, percebeu que não é porque ela respeita as outras pessoas que elas a respeitarão também e que a mágoa é uma coisa que plantam no coração da gente, mas cabe a nós mesmo fazer frutificar ou não.
No meio de tudo isso, ela teve sorte. Ela conheceu pessoas diferentes, que como ela, acreditavam num mundo melhor. Pessoas que almejavam mais liberdade, menos hipocrisia, mais respeito, mais espaço para serem quem são. Demorou, exatamente, um ano para ela aceitar que as pessoas têm o direito de optarem pela infelicidade, mas não têm o direito de interferir na felicidade dos outros. Demorou esse um ano para ela entender que por mais que ela respeite os outros, nem todos conseguirão ser recíprocos, porque nem todo mundo se respeita então não aprenderam a respeitar ninguém ( o que ela acha muito triste). Ela criou os próprios antídotos para o veneno dos outros, ela conheceu ombros amigos nos quais ela pôde se apoiar e voltar a acreditar nas pessoas, ela viu que quem um dia a fez mal o fez por falta de opção, fez porque não sabiam fazer bem.
Aí ela decidiu voltar a escrever para o blog dela! :)
Esse post é para anunciar que o blog vai voltar e para agradecer todo mundo que me deu amor nesse período de desafios e conquistas.
Eu sou mais eu porque vocês existem!
Eu sou mais eu porque vocês existem!
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